Lembro-me de ouvir o Herman José, há uns anos na televisão, a dizer que o verdadeiro ministério da cultura em Portugal é a Fundação Calouste Gulbenkian. Vem isto a propósito duma notícia divulgada ontem pela Lusa. Dizia a notícia que a Fundação Calouste Gulbenkian vai apoiar a criação de orquestras de jovens desfavorecidos em seis concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (AML) no âmbito de um projecto de inclusão social designado Orquestra Geração. A ideia foi inspirada no "El Sistema", um projecto social venezuelano composto actualmente por cerca de 250 orquestras de jovens de vários níveis etários oriundos de meios sociais desfavorecidos. Nos quatro anos do projecto da Gulbenkian foram criadas três orquestras deste género, duas na Amadora e uma em Via Longa, onde participam 180 crianças dos 5 aos 14 anos. Agora o objectivo é criar mais 6 orquestras no Barreiro, Sesimbra, Oeiras, Loures, Sintra e mais uma na Amadora. "Decidimos fazer uma intervenção numa comunidade urbana com problemas de insucesso escolar e desemprego", explica Luísa Valle, responsável da Fundação Gulbenkian na área social, referindo que "o insucesso ao longo das gerações não tem que ser uma fatalidade para os mais jovens. É possível, com projectos como este, criar janelas de oportunidades". O projecto inclui as autarquias locais, a Escola de Música do Conservatório Nacional, e conta ainda com o apoio mecenático da Fundação EDP. Acho que o Herman José tinha toda a razão.
Não tenho ambições nem desejos.
Há 8 horas
1 Comment:
Também acho.
Neste campo, melhor que a Gulbenkian só a Fundação Calouste Gulbenkian.
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