As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada no início de Abril, estão proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos, segundo as instruções dadas na acção de formação para abertura da loja, promovida pela Agência de Modernização Administrativa.
“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal "Correio da Manhã". Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.
Pulquéria Lúcio, que talvez ainda não se tenha dado conta da entrada do séc. XXI e da vida em democracia, confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura.
Bom, já estou como dizia a Helena Roseta numa crónica no "Público", se o Governo quer curtar na liberdade individual das funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, porque não manda comprar para todas vestidos Armani? Sempre ficariam em maior harmonia com o trajar moderno de José Sócrates.
Quem nos garante que na próxima acção de formação Maria Pulquéria Lúcio não declara a obrigatoriedade das funcionárias públicas passarem a usar... burka e óculos escuros, não vá algum olhar mais sensual desestabilizar os utentes.
E já agora qual é o fato recomendado para os funcionários homens?
1 Comment:
Depois de Sócrates, foi a vez da D. Pulquéria se ter "passado".
Entre outras coisas, diga-me lá, dona Pulquéria, o que considera ser um perfume agressivo?
Outro pormenor, delicioso neste Portugal dos pequeninos. Diga-me senhor engenheiro Sócrates porquê a inexistência de uma regra - já agora adequada - comum a todas as Lojas do Cidadão e a outros locais de atendimento público?!
Amigo Carlos, essa da "burka" é boa...
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