Já não sei quantas vezes a televisão portuguesa passou o Ben-Hur na Páscoa. Este ano foi a vez da televisão pública, no Canal 2, repetir o clássico épico. E não é garantido que não o volte a fazer no próximo ano.
Ben-Hur parece ter sido eleito o filme obrigatório na semana santa.
Desta vez vi o filme inteiro. Porque o Ben-Hur é para mim o símbolo maior da magia do cinema, porque foi o primeiro grande filme que vi na minha juventude, com tanto entusiasmo que lembro-me de ter pago para o ver pelo menos duas vezes. Não me recordo de ter repetido outro filme.
Era no tempo em que ir ao cinema não era um pretexto para comer pipocas... era mesmo para ver o filme que estava em exibição. E o Ben-Hur tinha todos os ingredientes para fazer um jovem gostar do filme. Era uma grande produção do cimena americano, com um dos seus mais venerados actores (Charlton Heston), campeão de prémios e uma história que não dispensava cenários fabulosos. Quem se pode esquecer das famosas cenas da batalha naval ou da corrida de quadrigas de cavalos no circo romano.
Era para mim o fascínio da aventura, da imagem e do som projectados nas grandes telas dos cinemas da Amadora, onde cresci, já não me lembro se no velho "Piolho" ou se no moderno "Lido". Ontem voltei a ver o Ben-Hur, em casa e sentado no sofá (sem pipocas), mas pelo menos serviu para recordar a magia do cinema na minha infância.
1 Comment:
No tempo em que a digitalização e os "milagres" não existiam.
Boas obras da 7ª arte que (algumas) ainda se conseguem ver.
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