sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vital foi à fonte e partiu a cantarinha...

Vital Moreira, foi hoje agredido e insultado na manifestação do 1º de Maio da CGTP. Na opinião do próprio tratou-se uma vingança por ele ter saído do PCP, facto que já ocorreu há mais de 20 anos. Grande era o desejo de ajuste de contas que resistiu a tamanha espera...

De qualquer modo o que parece ter sido um acto tresloucado, pessoal e expontâneo de dois ou três manifestantes, tornou-se no facto político do dia e muito provavelmente do fim-de-semana, uma espécie de ajuste de contas no seio duma certa esquerda. Carvalho da Silva (CGTP) justificou a agressão com a dificuldade em que vivem os portugueses, não a condenando expressamente.

Se fosse Manuela Ferreira Leite o que não diriam...

Jerónimo de Sousa (PCP) diz que não comenta o que não viu, mas que as televisões todas transmitiram.

Se fosse Manuela Ferreira Leite o que não diriam...

Miguel Portas (BE) condenou a agressão mas... justifica-a com a insatisfação dos trabalhadores.

Se fosse Manuela Ferreira Leite o que não diriam...

Vitalino Canas (PS) veio logo dramatizar o incidente tentando responsabilizar directamente o PCP e a CGTP, para retirar dividendos políticos com a agressão ao candidato do PS às europeias.

Se fosse Manuela Ferreira Leite o que não diriam...

Nuno Melo (CDS) e Paulo Rangel (PSD) condenaram simplesmente e solidarizaram-se com Vital Moreira, lembrando que em democracia as divergências não se resolvem no confronto físico e no insulto.

Também acho, mas não teria sido mais prudente que o PS não enviasse, em sua representação, um ex-comunista e agora candidato socialista em plena pré-campanha eleitoral, para o meio duma manifestação da CGTP que se sabia crítica do Governo? Não que a condição de ex-comunista possa justificar e reduzir a liberdade de expressão política de Vital Moreira, mas muitas vezes as acções tresloucadas são reacções a provocações evitáveis.

Vital Moreira foi à fonte e partiu a cantarinha...

1 Comment:

Anónimo said...

O Vital Moreira foi convidado pelos dirigentes da CGTP para assistir ao que dizem ser um espectáculo.

Foi. De livre e expontânea vontade.

O que aconteceu não se admite.
Mas quem semeia ventos colhe tempestades.

Todos os comentários subjacentes são conversa de encher chouriços.