domingo, 22 de março de 2009

Pedro Passos Coelho esteve em Sintra

Pedro Passos Coelho esteve em Sintra para uma conferência sobre a situação política actual no passado dia 13 de Março, no Palácio Valenças, numa iniciativa organizada pelas Comissões Políticas das secções de Sintra do PSD.

Numa sala meio cheia meio vazia, Passos Coelho explanou as suas ideias sobre a situação política e económica nacional, tendo-se seguido um período de debate com a assistência. 

Nada de novo se disse nada de novo a assinalar.

Ao contrário do que esperariam alguns dos seus mais radicais apoiantes, Pedro Passos Coelho não apresentou qualquer ideia global alternativa à orientação política de Manuela Ferreira Leite nem lhe fez qualquer crítica. Até afirmou, em resposta a uma pergunta da assistência, a sua concordância global com o pacote das 20 medidas de apoio às PME avançadas pelo PSD.

Quem estava à espera de guerrilha interna de Passos Coelho contra Manuela Ferreira Leite, deu certamente a noite por perdida. Neste aspecto esteve bem Passos Coelho, reafirmando a necessidade do PSD se manter unido em ano de eleições, sem abdicar da sua tradicional democracia interna.

Há contudo um aspecto, ao qual Pedro Passos Coelho é alheio, que me perturba e preocupa. Reconhecendo o mérito destas iniciativas, não entendo porque razão se limitam aos militantes do PSD e não são divulgadas publicamente e abertas à sociedade. 

Por duas razões principais. A primeira, porque os partidos só ganham eleições se dirigirem a sua mensagem para todos os eleitores e não para o clube restrito e reservado dos seus militantes. A segunda, porque estas iniciativas, limitadas aos militantes, podem ser confundidas e conotadas com a existência duma agenda política de oposição interna à actual liderança nacional.

No Palácio Valenças estivemos nós, os militantes do costume. Mas não é com o voto dos militantes do costume - e dos outros - que se alarga a influência política do PSD na sociedade portuguesa e se ganham eleições.

(foto retirada do blogue do PSD de Sintra)

1 Comment:

Anónimo said...

Uma questão de tácticas.

A democracia comportamental não liga com a divergência de opiniões.

Mas concordo consigo quando diz que se deveria falar, também, para o exterior.