Por menores que sejam as suas qualidades, nenhum político consegue vencer eleições em democracia durante mais de 30 anos, estando no poder, sem apresentar obra feita que seja do agrado dos eleitores. Assim acontece com Alberto João Jardim e, goste-se dele ou não, a verdade é que nenhum outro político português tem um percurso equivalente para apresentar.
Mas, sejamos claros, também nenhum outro político vive há tanto tempo uma tão declarada guerra contra tudo e contra todos, sejam eles da oposição ou os seus próprios companheiros de partido. Em particular, nenhum outro alimenta tamanha guerra contra os "cubanos" do continente.
Ora são precisamente os "cubanos" e o continente que Alberto João Jardim tanto despreza que ele agora se oferece para governar. Porque, para o PSD nacional, eleger um novo líder é eleger o natural candidato a Primeiro Ministro de Portugal. Incluindo o continente, os seus "cubanos" e todos os outros que tão mal tratados têm sido por Alberto João Jardim.
Primeiro estava disponível para vencer, mas sem oposição, com a desistência de todos a seu favor, obedientes e a prestar-lhe vassalagem. Agora está disponível para enfrentar Manuela Ferreira Leite, como o candidato das "bases e dos dirigentes patriotas" contra a "candidatura do regime", desde que todas as outras candidaturas desistam para ele.
Que estranha ideia de democracia tem Alberto João Jardim. Assim, que fique lá pela Madeira e deixe o continente e os "cubanos" em paz, porque aqui gostamos de eleições com candidatos, programas, discussão política e liberdade de escolha.
Nós os "cubanos" passamos bem sem o D. Sebastião da Madeira.
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