sábado, 29 de agosto de 2009

O exemplo de Pedro Santana Lopes

Ao ouvir hoje o discurso de Pedro Santana Lopes na Universidade de Verão do PSD não pude deixar de recordar as eleições internas do ano passado e os percursos que seguiram os candidatos derrotados por Manuela Ferreira Leite.

Pedro Passos Coelho ficou em segundo lugar não muito distante da vencedora e talvez por essa razão tem alimentado a esperança e gerido a expectativa duma derrota eleitoral do PSD para avançar para a conquista da presidência do partido, dedicando-se a manter a sua campanha interna junto das estruturas locais.

A vitória eleitoral nas europeias veio comprometer os planos de Pedro Passos Coelho, com a agravante do PSD ter vencido sem ele e até contra ele.

Ao contrário, Pedro Santana Lopes, que ficou em terceiro lugar na disputa interna, saudou Manuela Ferreira Leite logo na noite da vitória e tem estado sempre disponível para dar a cara pelo PSD. Não exigiu lugar no parlamento, não se quis impor como cabeça de lista de nada, antes pelo contrário aceitou o difícil desafio de ser candidato à câmara de Lisboa numa coligação encabeçada pelo PSD.

Não conspirou, antes colaborou com a liderança nacional do PSD.

Hoje, ouvi Santana Lopes na Universidade de Verão do PSD a elogiar o Programa Eleitoral de Manuela Ferreira Leite deixando claro, para quem tivesse dúvidas, o seu apoio e o sentido do seu voto. Devo dizer que não tenho uma particular simpatia política por Pedro Santana Lopes, mas o comportamento de PSL é o que eu esperava de militantes destacados do PSD, em particular daqueles com maior eco na comunicação social. Isto é, independentemente de alguma divergência interna sempre legítima, estar ao lado do partido nas eleições do dia 27 de Setembro.

De Pedro Passos Coelho já sabemos e lamentamos que não fará campanha. De Pedro Santana Lopes sabemos que o PSD pode contar com o seu espirito de militância. No dia 27 de Setembro o PSD pode vencer o Partido Socialista e se isso acontecer todos saberemos que não terá sido pela participação de Pedro Passos Coelho, mas que terá um pouco da contribuição de Pedro Santana Lopes.

E os militantes e o PSD não esquecerão esse facto.

1 Comment:

Anónimo said...

Com todo o respeito - mais para com o Carlos do que para com o PSL - esta posição do ex uma série de coisas cheira-me a graxa.

Sou suspeito. Nunca gostei dele nem vou gostar.
Mas é isto que sinto desta figura.