quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Xutos & Pontapés" de volta aos discos.

Nestes primeiros dias de Abril, os Xutos & Pontapés editaram o seu 12º álbum de originais, posto à venda na 2ª feira, dia 6. Enquanto não tenho o som e a imagem dos novo trabalho recordo um dos temas de que mais gosto da vasta discografia da banda da Margem Sul, "Chuva dissolvente". Vi-os recentemente no Olga Cadaval, em Sintra, num concerto "acústico" que encheu durante dois dias a ampla sala do Auditório Jorge Sampaio. Os "Xutos", garanto-vos, continuam em grande forma e a juntar gerações.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mais rápido do que a luz...

A esta hora tardia assisto ao programa "Prós e Contras" no Canal 1, sobre os grandes projectos de investimento público em curso. Garante o Ministro da Obras Públicas, Mário Lino, com a mesma convicção que tinha quando afirmou que a Margem Sul é um deserto sem gente, sem hospitais, sem escolas, etc, que todos os projectos e todas as decisões estão devidamente estudadas e sustentadas. Tal como estavam os estudos que atiravam o novo aeroporto de Lisboa para a Ota...
Quando foi assinado o contrato da Concessão do Baixo Tejo, em Almada com pompa e circunstância, tive a paciência de ler parte da documentação no site dedicado ao evento e pude verificar a "qualidade" e o "rigor" dos estudos. Digo já que não sou um especialista na matéria, foi mera curiosidade porque parte da obra se localiza na área de gestão urbanística onde trabalho todos os dias. 
Acerca do novo IC-32 diz o estudo económico a 75 anos que o tempo de viagem entre a Caparica e Palhais - duas localidades vizinhas no concelho de Almada - será reduzido em 16 minutos!!!

Brilhante! Eu gostava de saber como é que numa viagem que hoje demora 9 a 10 minutos, com o novo IC-32 terá um redução de 16 minutos. É o Ministro Mário Lino a viajar mais rápido do que a luz... antes de partir já chegou ao destino.

Antes de partir da Caparica... já está em Palhais.

Imagine-se então como poderemos confiar no rigor dos estudos a 75 anos se nem no tempo de viagem de 10 minutos são rigorosos. É isto que vamos pagar no futuro, lá depois de 2014, quando o PS já não estiver no Governo.

Quem se mete comigo leva!!! (2)

Foi noticiado por diversos orgãos de comunicação portugueses no passado fim-de-semana que o Ministro da Justiça, Dr. Alberto Costa, teria feito pressões sobre os magistrados responsáveis pelo processo Freeport, em nome de José Sócrates. Dizem as notícias que a correia de transmissão das alegadas pressões teria sido o magistrado Lopes da Mota, Presidente do Eurojust, que teria sugerido o arquivamento parcial do processo por prescrição. 
Fala-se de represálias sobre as carreiras dos investigadores no caso do PS perder a maioria absoluta nas próximas eleições legislativas, por causa da polémica do processo Freeport.

A notícia saiu em primeira mão no jornal "Sol", no Sábado, para logo invadir as páginas de quase toda a imprensa publicada no Domingo.

Entretanto Alberto Costa já fez saber através de comunicado que vai actual judicialmente contra o jornal "Sol". 

Tal como com José Sócrates, quem se mete com Alberto Costa leva!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

SLB resiste ao Estrela da Amadora...

Dizem as crónicas que foi o pior jogo que o Benfica realizou esta época. Pelo menos por enquanto e logo contra a debilitada equipa do Estrela da Amadora, cujos jogadores estão sem receber ordenados desde o início da competição.
O resultado de ambas as equipas foi conseguido em 3 grandes penalidades: duas contra o Estrela e uma contra o Benfica. Dizem as crónicas que uma não existiu. No final o Benfica levou os 3 pontos com uma magra vitória por 2-1.
Mas temos nós razões para festejar? Com o campeonato a entrar na recta final é preciso reconhecer que a equipa ainda não produz o futebol que os benfiquistas desejavam quando foram contratar Quique Flores.
Nem acredito que alguma vez o vá praticar nesta época. O Benfica está reduzido a uma equipa vulgar que sua as estopinhas para vencer o Estrela da Amadora, que já nem precisa de treinar para fazer frente aos encarnados.

domingo, 5 de abril de 2009

Quem se mete comigo leva!!! (1)

O primeiro ministro José Sócrates processou o jornalista João Miguel Tavares, por causa duma crónica publicada na semana passada no Diário de Notícias sob o título "José Sócrates, o Cristo da política portuguesa". Se não fosse perigoso dava vontade de rir. 
José Sócrates bem gostaria de interromper a democracia por 6 meses... e calar a imprensa livre. Como ainda não tem esse poder, vai de tentar intimidar com processos contra os jornalistas. É o regresso do PS musculado e pugilista de outros tempos.
Para quem não leu aqui fica a perigosa crónica de João Miguel Tavares, que também é "ministro" do Governo Sombra, na TSF, às 6ª feiras pelas 19 horas, conjuntamente com Ricardo Araújo Pereira e Pedro Mexia.

JOSÉ SÓCRATES, O CRISTO DA POLÍTICA PORTUGUESA


Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.


José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena".


Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.


Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?


À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.


João Miguel Tavares

Jornalista - jmtavares@dn.pt

A ponte é uma passagem pedonal

Podiam ilustrar uma velha música dos Jáfumega. A ponte pedonal que liga as duas margens do rio Mondego, ali mesmo frente à cidade de Coimbra, foi construída no âmbito do Programa Polis e é da autoria do arquitecto português Gonçalo Byrne. Esta ponte não é uma miragem. Esta ponte é uma passagem pedonal para a outra margem onde se situa o clube náutico da cidade. Deixo-vos com algumas fotografias da minha última estadia na cidade dos estudantes.












sexta-feira, 3 de abril de 2009

Herman José fora da SIC...

Herman José anunciou recentemente a sua saída da SIC estando agora disponível para outro canal se algum convite surgir. O Herman José dos últimos anos, os anos da SIC, não me deixa saudades e certamente não será relembrado pelos últimos trabalhos televisivos. Mas não é possível falar do humor em Portugal sem falar de "O Tal Canal" ou "Herman Enciclopédia". É desses tempos do bom e irreverente humor que deixo aqui uma pequena amostra, relembrando o célebre e carismático Diácomo Remédios. Herman José no seu melhor.

Os 20 magníficos...

A reunião do G20, que junta os 20 maiores e mais poderosos estados do mundo, reuniu em Londres para tratar de combater a crise financeira mundial.

Parece que afinal de contas a culpa não é dos brancos de olhos azuis...

Foram anunciadas medidas de injecção de enormes verbas de fundos na economia mundial bem como o combate aos paraísos fiscais.

Convém perceber que era também da nossa economia que se tratava, porque num mundo globalizado e com cada vez menos fronteiras, tudo que acontece nas principais economias mundiais tem consequências nos nossos bolsos.

Razão pela qual só podemos desejar o sucesso destas medidas e de outras que venham a ser tomadas contra a crise global. E não vale a pena, agora, atirar pedras a ninguém. O que vale a pena é aprender com o passado e impedir que se repita no futuro.

Aos mais ricos e poderosos convém que tratem também dos outros, dos mais pobres e menos desenvolvidos. Antes que os mais pobres tratem dos mais ricos.

Maria João & Mário Laginha, solidários

"O Centro Cultural Olga Cadaval, associa-se à Santa Casa da Misericórdia de Sintra e apresenta um concerto de solidariedade com Maria João & Mário Laginha, Juntos Por Bem, no dia 11 de Abril, no Auditório Jorge Sampaio.

O duo de invulgar cumplicidade junta-se à causa da Santa Casa da Misericórdia de Sintra e interpreta um repertório assumidamente jazzy configurando uma espécie de regresso às origens até a alguns temas do mais recente álbum Chocolate.

As receitas de bilheteira revertem em benefício das actividades desenvolvidas pela Santa Casa da Misericórdia de Sintra".

A minha filha foi utente do Infantário das Murtas, da Santa Casa da Misericórdia de Sintra, quando era pequena e eu posso testemunhar a qualidade do trabalho e da dedicação desta instituição. Não podia por isso de deixar de divulgar e apoiar esta iniciativa.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

"Kronos", Cristina Branco de volta.

"Kronos" é o novo disco de Cristina Branco. Com uma carreira de sucesso internacional, Cristina Branco escolheu o TEMPO como tema unificador das canções inéditas que compõem o seu disco, compostas por uma dezena de criadores, entre os quais José Mário Branco, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Rui Veloso, Vitorino, Janita Salomé, Maestro Victorino d'Almeida, Mário Laginha, Carlos Bica, João Paulo Esteves da Silva e Ricardo Dias. 


O tema "Bomba Relógio" de Sérgio Godinho é o single de apresentação do disco, disco esse em que Cristina Branco canta em dueto "Margarida" com uma das grandes figuras da música nacional, Jorge Palma. 


A ideia do álbum, o décimo na carreira de Cristina Branco, surgiu ainda antes da cantora gravar "Abril" (2007), dedicado a José Afonso. 


"Sabia que queria fazer um disco sobre o tempo e com o maior número possível de autores", explica Cristina Branco.


A fadista pediu-lhes que compusessem fados, mas o resultado é mais heterogéneo, revela a identidade musical dos compositores e não se encaixa linearmente no fado. 


"Eu pedi-lhes fado, mas a grande maioria não compôs fado. Quando escutavam a minha música e pensavam em mim, não me viam como alguém que cantasse fado e no início baralhou-me um bocado"


"Kronos" revela, por exemplo, "Bomba relógio", com uma métrica e melodia que é um bilhete de identidade de Sérgio Godinho, ou "Eléctrico amarelo", parceria entre Carlos Tê e Rui Veloso, e "Bichinhos distraídos", de José Mário Branco. 

Júlio Pomar e Manuel Alegre escreveram dois fados para "Kronos", musicados por Ricardo Dias e António Victorino d' Almeida, respectivamente. 

A estes, Cristina Branco juntou "Tango", poema de Vasco Graça Moura que esteve vários anos guardado na gaveta e que foi musicado pelo pianista Mário Laginha. 

Cristina Branco é o fio que une todas as composições, que fazem referências ao tempo, mas não necessariamente ao seu. 


"Tenho a minha própria ideia sobre o tempo, espero que passe docemente por mim e quando chegar a minha hora que seja fulminante. Eu acho que vou ser cantora ad eternum. Mesmo quando deixar de cantar, nunca vou deixar de ser cantora. Esse é o meu tempo, á a minha conclusão". 


"Kronos" é também o começo de uma nova etapa na carreira de Cristina Branco, que tenciona a partir de agora espaçar as edições discográficas, depois de doze anos a lançar praticamente um álbum por ano, como "Murmúrios", "Corpo iluminado", "Ulisses" e "Abril". 

A partir de Abril, a fadista estará em digressão com o novo álbum com espectáculos já marcados na Holanda, em França, Itália, Espanha e, pela primeira vez, em Guadalupe. 

Em Portugal, estão marcados concertos a 17 de Abril no auditório de Espinho, a 18 de Abril no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e a 24 no Teatro Micaelense, nos Açores. 


A acompanhá-la estarão Ricardo Dias (piano), Alexandre Silva (viola), Fernando Maia (baixo) e Bernardo Couto ou José Manuel Neto (guitarra portuguesa).