segunda-feira, 28 de abril de 2008

Dizem as notícias...

Dizem as notícias de hoje que um cidadão, perseguido por um grupo de dez agressores, procurou refúgio, ajuda e protecção numa esquadra de Polícia dos arredores de Lisboa.

Dizem as notícias que os agressores entraram na esquadra de Polícia e, lá dentro, espancaram o cidadão indefeso.

Dizem as notícias que na esquadra de Polícia, dos arredores de Lisboa, só estava um agente da corporação, com poucas condições para pedir socorro à brigada que fazia a ronda pelas ruas.

Dizem as notícias que não é a primeira vez que uma situação desta acontece.

Começamos a pensar que as esquadras de Polícia, em Portugal, são locais perigosos.

Até para os agentes, que lá ficam sózinhos.

domingo, 27 de abril de 2008

Sondagem TVI, coloca Manuela Ferreira Leite na frente.

Na primeira sondagem sobre a próxima eleição do líder do PSD, realizada para a TVI pela Intercampus, Manuela Ferreira Leite surge como a candidata preferida pela maioria dos inquiridos, com larga vantagem sobre Santana Lopes e Pedro Passos Coelho. 
Na sondagem foi ainda considerada a possível candidatura de Alberto João Jardim, que ficou na opinião do universo consultado, atrás de Pedro Santana, que ocupa o segundo lugar na sondagem.

"Manuela Ferreira Leite é a melhor candidata a presidente do PSD. É a opinião da maioria dos inquiridos numa sondagem realizada pela Intercampus para a TVI. Tanto entre os eleitores próximos do PSD, como entre todos os inquiridos, Ferreira Leite vence destacada. Em último lugar, fica Pedro Passos Coelho.

Entre os inquiridos da sondagem que disseram estar próximos do Partido Social-Democrata, 51% acreditam que Manuela Ferreira Leite é a melhor candidata. Para 21%, a escolha recai sobre Pedro Santana Lopes, que tornou pública, esta quinta-feira, a candidatura. Já 19,8% escolhem Alberto João Jardim, que tem mostrado não colocar de parte concorrer à presidência do PSD. Em último lugar, fica Pedro Passos Coelho, com 7,8%.

A mesma questão foi colocada ao total de inquiridos com resultados semelhantes. Manuela Ferreira Leite é a preferida de 49,6% para presidente do PSD. Segue-se Santana Lopes: o ex-primeiro-ministro é escolhido por 18,8% dos inquiridos. Alberto João Jardim, que ainda não disse se é candidato, é o preferido de 16,5%. Já Pedro Passos Coelho consegue o apoio de 15,2% dos inquiridos.

Os inquiridos com 55 anos ou mais escolhem Manuela Ferreira Leite e a seguir Alberto João Jardim. É a única faixa etária em se inverte a ordem de escolha. Os mais velhos parecem gostar mais de Pedro Passos Coelho do que Santana Lopes. Já Manuela Ferreira Leite ganha em todas as faixas etárias com predominância para as pessoas até aos 54 anos."

Ficha técnica: 
Sondagem Intercampus para a TVI, realizada nos dias 23 e 24 de Abril de 2008, com o objectivo de conhecer a opinião da população portuguesa sobre o melhor candidato para presidente do PSD/PPD.

Universo constituído por indivíduos de ambos os sexos, com mais de 18 anos, recenseados eleitoralmente em Portugal Continental. A amostra é de 726 indivíduos, dos quais 53,6% do sexo feminino, e a recolha foi efectuada através de entrevista telefónica, com controle das variáveis sexo e idade.

O erro de amostragem é de mais ou menos 3,6%.

João Jardim quer governar os "cubanos"?

Por menores que sejam as suas qualidades, nenhum político consegue vencer eleições em democracia durante mais de 30 anos, estando no poder, sem apresentar obra feita que seja do agrado dos eleitores. Assim acontece com Alberto João Jardim e, goste-se dele ou não, a verdade é que nenhum outro político português tem um percurso equivalente para apresentar.
Mas, sejamos claros, também nenhum outro político vive há tanto tempo uma tão declarada guerra contra tudo e contra todos, sejam eles da oposição ou os seus próprios companheiros de partido. Em particular, nenhum outro alimenta tamanha guerra contra os "cubanos" do continente.

Ora são precisamente os "cubanos" e o continente que Alberto João Jardim tanto despreza que ele agora se oferece para governar. Porque, para o PSD nacional, eleger um novo líder é eleger o natural candidato a Primeiro Ministro de Portugal. Incluindo o continente, os seus "cubanos" e todos os outros que tão mal tratados têm sido por Alberto João Jardim.

Primeiro estava disponível para vencer, mas sem oposição, com a desistência de todos a seu favor, obedientes e a prestar-lhe vassalagem. Agora está disponível para enfrentar Manuela Ferreira Leite, como o candidato das "bases e dos dirigentes patriotas" contra a "candidatura do regime", desde que todas as outras candidaturas desistam para ele.

Que estranha ideia de democracia tem Alberto João Jardim. Assim, que fique lá pela Madeira e deixe o continente e os "cubanos" em paz, porque aqui gostamos de eleições com candidatos, programas, discussão política e liberdade de escolha.

Nós os "cubanos" passamos bem sem o D. Sebastião da Madeira.

Defender o ambiente é contra o Estado?

Reproduzo aqui uma notícia da TSF, pela situação caricata da Junta de Freguesia da Ericeira ser penalizada pelo Estado, por causa de utilizar biodiesel na sua frota de recolha de lixo.
A notícia, sem mais comentários:

"A junta de freguesia da Ericeira está a usar óleos reciclados para a produção de biodisel, que depois usa para abastecer carros do lixo, mas foi multada em sete mil euros pelo Estado por não estar a usar combustíveis fósseis.

Em declarações à TSF, o presidente da junta de freguesia da Ericeira contou que, após vários anos a aproveitar os óleos usados, a Direcção-Geral de Finanças do Ministério da Economia e a Direcção-Geral de Alfândegas informaram-no de que necessitava de legalizar a produção de biodiesel.

«Fiz todos os esforços para me legalizar e, depois de preencher uma série de requisitos, fiquei espantado ao deparar que a quota está esgotada no país», disse Joaquim Casado.
Reproduzo aqui uma notícia da TSF, pela situação caricata que representa, com a Junta de Freguesia da Ericeira a ser penalizada pelo Estado, por utilizar biodisel na sua frota de recolha do lixo.

Depois disso, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) multou a junta de freguesia em sete mil euros por lesar o Estado, ao «deixar de comprar combustíveis fósseis», porque ao não os comprar, o Estado «não arrecada a percentagem de 50 por cento».

António Casado adiantou que não vai pagar a multa, até porque a junta de freguesia apenas recebe 55 mil euros do orçamento geral do Estado. 

O presidente da junta de freguesia da Ericeira já adiantou que levou o assunto aos grupos com assento parlamentar e a várias associações ambientalistas, mas poucas foram as respostas.

Entretanto, os carros do lixo da junta de freguesia da Ericeira deixaram de funcionar com biodiesel. 

Perante este caso, António Casado questionou se eventualmente também estará a lesar o Estado por utilizar um carro movido a energia solar. "

sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril de 1974, no Largo do Carmo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Revolução no Vinil!


É hoje à noite no Vinil, ali ao lado da Biblioteca de Sintra, a partir das 22 horas. Quem quiser recordar as músicas da revolução de Abril, antes e depois, tem a oportunidade de ouvir a selecção musical preparada pela Joana Pinto, sob o tema "sons da revolução".

É uma outra forma de celebrar a liberdade.

terça-feira, 22 de abril de 2008

E Pedro Passos Coelho?

Para além da declaração de candidatura de Manuela Ferreira Leite à liderança do PSD, há um outro facto político a ter em conta nestas eleições: Pedro Passos Coelho. Não tendo sido da “jota”, tenho simpatia pela candidatura de Pedro Passos Coelho, que foi vice-presidente de Luís Marques Mendes, enquanto acreditou no projecto, que no último Congresso divergiu de Luís Filipe Menezes e agora volta a estar disponível para a liderança.

Ele sabe, nós sabemos, que ainda não é este o seu tempo, mas está a fazer a sua corrida de fundo com os olhos postos no futuro do PSD e do país.

Eu voto... Manuela Ferreira Leite!

Manuela Ferreira Leite confirmou hoje à comunicação social que é candidata à liderança do PSD, na sequência da crise aberta pela demissão do ainda líder, Luís Filipe Menezes.

Com a entrada de Manuela Ferreira Leite na corrida a minha escolha está feita. É nela que votarei e, se necessário, por ela farei campanha.

Nesta opção, discordo da posição da Presidente do PSD/Sintra, Paula Neves, em declarações à RTP no final do jantar da nossa tomada de posse. Não considero os críticos de Luís Filipe Menezes sejam "seis ou sete militantes que estão a minar o PSD", antes pelo contrário, como tem defendido Pedro Passos Coelho, a divergência, o debate de ideias, o contraditório e a afirmação de alternativas internas é necessária aos partidos democráticos.

E o PSD é um partido democrático. Mais, é um partido social-democrata, que tem a obrigação de prezar a liberdade de expressão e a democracia, ou não fosse o primeiro partido a fundar-se logo após o 25 de Abril de 1974.

Ora, entre os mais críticos de Luís Filipe Menezes estava, sempre esteve, Manuela Ferreira Leite e pode alguém com o mínimo de bom senso político pensar que ela pretende "minar" o PSD? Certamente que não.

Por mim, sinto-me confortável por ver que o PSD não perdeu o seu sentido crítico e a liberdade de expressão, mesmo que em alguns momentos mais radicalizada nos argumentos. Isso é um claro sinal de vitalidade interna. Luís Filipe Menezes, ao contrário da ideia que se pretende transmitir, nunca conseguiu mobilizar os militantes do partido nem a opinião pública nacional. E não se pode queixar das críticas internas quem, durante dois anos utilizou a mesma liberdade para criticar publicamente o anterior líder Luís Marques Mendes.

Aos críticos de Luís Filipe Menezes cabia também a responsabilidade de apresentarem uma alternativa. Aí está ela, Manuela Ferreira Leite, talvez a única capaz de, no actual contexto político, conseguir unir o PSD.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Manuela Ferreira Leite avança?

Parece ser a notícia da noite que só as próximas horas confirmará, ou não. Manuela Ferreira Leite estará a preparar-se para assumir a sua candidatura à liderança do PSD. Anuncia-se também a provável inclusão na sua equipa de Rui Rio, Morais Sarmento, Alexandre Relvas e António Borges. Veremos se desta vez os críticos de Luís Filipe Menezes estão dispostos a assumir as suas responsabilidades.

domingo, 20 de abril de 2008

Águia abatida!

Era a última oportunidade embora difícil. Depois de perder em casa com a Académica e de voltar a perder em Alvalade, com o Sporting, desta vez para a Taça, só nos restava tentar vencer o Porto, no Dragão, para manter a possibilidade do 2º lugar que dá acesso directo à liga europeia.
Mas o Porto está de facto imparável e o Benfica não revelou, em todo o jogo, capacidade de lhe fazer frente. Perdemos por duas bolas a zero, e o resultado é absolutamente natural, nestas condições.
E agora Luís Filipe Vieira? Depois desta gestão desportiva desastrosa, que muito provavelmente deixará o Benfica num triste 4º lugar no campeonato, quem vai assumir as responsabilidades?

1958: Portugal, quando eu nasci.

Acabo de fazer 50 anos. Quando se deu a revolução do 25 de Abril tinha eu 16 anos e nada sabia de política. Mas sabia que o meu irmão mais velho, o Vítor, estava na idade do serviço militar e de ser metido num barco carregado de tropas e enviado para uma guerra distância, numa das colónias portuguesas em África. 

A seguir seria a minha vez.

Sabia também que não podia falar destes assuntos na rua. O meu vizinho Zeca, estudante universitário era a consciência política lá do bairro onde vivia, na Amadora. Por vezes regressava a casa, vindo da universidade, com a cabeça partida. Um dia explicou-nos, aos mais novos do bairro, que aquelas feridas eram o resultado de confrontos dos estudantes com a polícia de choque e com os "gorilas" do regime.

Na caixa de correio era frequente aparecerem pequenos panfletos com palavras de ordem contra a guerra colonial, que eu lia e guardava religiosamente, às escondidas da minha mãe. Suspeito que eram lá colocados pelo Zeca. Mas a minha mãe acabou por descobrir e, com medo, na própria manhã do 25 de Abril, deitou todos os pequenos panfletos pelo esgoto abaixo.

Foi com o Zeca e com o Vítor, que numa noite de 1969 entrei na sede do CDE, durante a última campanha eleitoral realizada no tempo do fascismo, ali numa rua perto da Igreja da Amadora, na Venteira.

Cá fora o regime controlava a oposição com a presença das famosas carrinhas "nívea" da polícia, cheias de polícias de choque armados, de capacete e escudo, sem faltar a GNR a cavalo e os respeitáveis cães polícias, para reprimir qualquer manifestação de oposição.

Na Assembleia Nacional, os deputados da ala liberal, como Francisco Sá Carneiro, Mota Amaral, Magalhães Mota e Francisco Pinto Balsemão, lutavam pela abertura do regime à democracia.

Mas em 1958, ano do meu nascimento, já as forças democráticas, lideradas pelo General Humberto Delgado, lutavam pela mudança política. É desse época o pequeno video, com a voz do ditador Salazar e a imagem da repressão.

É bom não esquecer, para que não se volte a repetir.


Qual crise, venha lá o futebol!

Questionado pelos jornalistas acerca do curto prazo para realizar as próximas directas no PSD, marcadas por Luís Filipe Menezes para 24 de Maio, o seu Secretário-Geral, engº Ribau Esteves declarou que "não podemos deixar que se arraste o tempo. Em Junho queremos estar todos a apoiar solidariamente a selecção nacional de futebol". Pois claro, mesmo que o maior partido da oposição se dilacere em divisões internas, o importante é o futebol.
Mas Ribau Esteves parece ter sido deixado à margem dos acontecimentos dos últimos dias. No mesmo dia em que Luís Filipe Menezes apresentava a sua demissão, Ribau Esteves garantia ao Expresso que "em circunstância alguma admito directas antecipadas no PSD" e que a entrevista de Pedro Aguiar Branco "não tem qualquer relevância"

Pelos vistos tinha a relevância suficiente para fazer encher o copo de Luís Filipe Menezes.

Mas no dia seguinte à demissão, mesmo com Luís Filipe Menezes a garantir a todos os órgãos de comunicação social que não está na corrida, Ribau Esteves tem vindo a alimentar e a divulgar a ideia de que até à data para apresentação das candidaturas o actual líder ainda poderá reconsiderar e candidatar-se.

Qual dos dois terá razão?

Gilberto Gil, Voz e Violão

Por causa da tomada de posse não fui ao concerto que Gilberto Gil deu no Coliseu de Lisboa, no passado dia 17, onde apresentou o espectáculo "Voz e Violão". A avaliar pela crítica foi um grande concerto, o que não é de admirar no trabalho de Gilberto Gil, que mesmo sendo Ministro da Cultura do Brasil, ainda vai conseguindo arranjar tempo para se dedicar à música. Fiquem então com o video do tema "Drão".

sábado, 19 de abril de 2008

Tomada de posse no PSD|Sintra

Conforme previsto, tomaram posse no passado dia 17 os novos órgãos sociais do PSD|Sintra. A cerimónia teve lugar na nova sede da Secção, e contou com a presença de Angelo Correia, Presidente da Mesa do Congresso do PSD, Carlos Carreiras, Presidente da Distrital de Lisboa e António Rodrigues, Presidente do Conselho de Jurisdição Distrital de Lisboa.

Marcaram presença também diversos dirigentes das restantes secções de Sintra do PSD, para além de autarcas, militantes, amigos e convidados, que encheram por completo as novas instalações, na Portela de Sintra.

Depois da cerimónia de tomada de posse realizou-se um jantar de confraternização na Quinta da Madre Deus, na Ribeira de Sintra, com cerca de 180 participantes, e com a presença do Presidente do PSD, Dr. Luís Filipe Menezes, que não deixou de comparecer, depois de anunciar publicamente que se demite e marcar novas eleições directas para 24 de Maio.

A notícia da demissão de Luís Filipe Menezes, naturalmente, tornou-se o assunto dominante nos comentários e conversas entre os presentes, fazendo de Sintra, por uma noite, o centro das atenções da comunicação social nacional, que se descolou à Ribeira de Sintra para noticiar o discurso do Presidente do PSD.

Mas a pergunta da noite era se o líder demissionário se voltaria a candidatar, já que apesar de ter afirmado que não estava na corrida, a verdade é que o seu discurso em Sintra foi de quem já está em campanha eleitoral. Veremos o que vai acontecer nos próximos dias, mas este é o momento da clarificação.

Enquanto Presidente da Mesa da Secção do PSD|Sintra recebi Luís Filipe Menezes com a lealdade, cortesia e consideração que um líder do Partido merece.  Mas enquanto militante o meu posicionamento é diferente. Nas últimas directas estive com Luís Marques Mendes e voltaria a estar agora se o anterior cenário se repetisse.

Não sabemos ainda que candidatos vão disputar a liderança do Partido, quais os seus programas, propostas e equipas. Como não gosto, nem devemos, ficar de fora das decisões do Partido, terei a minha preferência e, na devida altura, farei a minha escolha pessoal.

Mas na hipótese, sempre possível, de Luís Filipe Menezes se voltar a candidatar, continuo a não encontrar nele razões suficientes para merecer o meu voto. E se dúvidas tivesse, a entrevista dada no passado dia 18, na SIC Notícias, ao jornalista Mário Crespo, seria suficiente para as retirar.

Não votarei num líder que trata os seus companheiros de Partido, só porque dele divergem, por terroristas. Como diz Pedro Passos Coelho, o PSD tem de ser um espaço de liberdade de opinião, sob pena de deixar de ser um partido democrático.

Mas sobre isso ainda voltarei a escrever.


quinta-feira, 10 de abril de 2008

Vemos, ouvimos e lemos...

"RESULTADO ACENTUA DESCREDIBILIZAÇÃO DO PSD", diz Pedro Passos Coelho

O Correio da Manhã publicou hoje uma nova sondagem sobre a intenção do voto dos portugueses, nada favorável ao PSD de Luís Filipe Menezes. A esse propósito, o jornal ouviu as declarações de Pedro Passos Coelho, que aqui reproduzo. Sem mais comentários.

"Correio da Manhã: Uma sondagem do CM dá ao PSD 26% nas intenções de voto. Que leitura faz deste resultado?

Pedro Passos Coelho: É um resultado muito mau que não deve ser negligenciado. O pior que podia acontecer ao PSD era fazer de conta que os sinais que as sondagens vão dando não existem. Não digo que o PSD bateu no fundo, mas este resultado é muito complicado para um PSD que aspire ganhar as eleições e governar o País.

CM: O PSD deve mudar – como já há quem defenda – de líder antes das eleições de 2009?

PPC: Não há uma responsabilidade única da liderança por este resultado. Não basta mudar a liderança do PSD para mudar a imagem do PSD na sociedade portuguesa.

CM: Luís Filipe Menezes tem condições para vencer as eleições?

PPC: Começa a ter um caminho muito estreito para o fazer. Deve ser a equipa a fazer essa análise dos resultados. O resultado é mais um sinal que acentua a tendência de descredibilização que o PSD vem tendo aos olhos da sociedade portuguesa.

CM: Está disponível para ser candidato a líder do PSD?

PPC: Se no PSD se achar que é tempo para mudança de órgãos sociais e nova liderança estarei disponível para apresentar uma alternativa ao Governo PS.

CM: Já em 2009?

PPC: Se vier a acontecer, sim."

É precisa maior clareza?

terça-feira, 8 de abril de 2008

PSD: "É totalmente insatisfatória a situação" do partido.

Sem mais comentários, vale a pena reproduzir as declarações de Angelo Correia, divulgadas hoje pela Lusa. Afinal de contas, não é o que eu tenho vindo a dizer sobre o PSD de Sintra?

Para quando o regresso à nobre arte da política?

"Lisboa, 08 Abr (Lusa) - O dirigente do PSD Ângelo Correia considerou hoje "totalmente insatisfatória a situação" do seu partido e disse que não sabe ainda se o seu regresso à vida política activa valeu a pena.

O presidente da Mesa do Congresso do PSD falava aos jornalistas no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), onde decorreu hoje um debate sobre finanças públicas promovido pelo PSD.

Ângelo Correia apontou dois objectivos para o PSD: "Refazer a qualidade do partido, que foi perdida nos últimos anos, e refazer a necessidade de pensar".

Questionado se isso está a ser feito pela direcção de Luís Filipe Menezes, respondeu: "Ainda não. Para mim, é totalmente insatisfatória a situação. É preciso o partido dedicar-se muito mais a pensar, a reflectir e a falar com o País".

"Sem isso, estaremos longe de criar as condições para os portugueses sentirem que somos melhores. Ninguém se intitula melhor do que outros. O que é essencial é provarmos, no trabalho, no estudo, na dedicação, na inteligência, na inovação", acrescentou.

De acordo com Ângelo Correia, "o líder do PSD [Luís Filipe Menezes] está empenhado nisso".

O ex-mandatário nacional da candidatura à liderança do partido de Luís Filipe Menezes referiu que deu "uma volta" na sua vida para regressar à política activa.

Interrogado se esse regresso valeu a pena, respondeu: "Só se pode fazer um balanço final quando acabar o mandato desta direcção. Até agora, o meu balanço não é satisfatório, não é".

Segundo Ângelo Correia, "os meses de Janeiro a Março foram três meses perdidos, com disputas internas por razões menores".

"Espero que retomemos a linha que tinha sido pensada em Outubro e Novembro. Se isso acontecer, e prevejo que isso aconteça, estaremos no bom caminho", concluiu."

Luís Filipe Menezes, visita PSD de Sintra.

No próximo dia 17 de Abril, pelas 19.00 horas realizar-se-á a cerimónia da tomada de posse dos orgãos sociais eleitos no passado dia 28 de Fevereiro, na nova sede do PSD de Sintra, com a presença do Presidente do partido, Dr. Luís Filipe Menezes.

Após a cerimónia da tomada de posse realiza-se um jantar de convívio com os militantes e convidados do PSD, na Quinta da Madre Deus, na Ribeira de Sintra.

O preço por pessoa será de 15,00 € e as inscrições para o jantar estão abertas até ao próximo dia 14, podendo contactar pelo 963067070 ou 961959887, e ainda pelo mail psd-sintra@clix.pt.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Marcelo preferido contra Sócrates

Segundo a sondagem publicada ontem, dia 31 de Março, no Correio da Manhã, realizada pela Aximage, Marcelo Rebelo de Sousa é o melhor candidato do PSD para enfrentar José Sócrates nas eleições legislativas do próximo ano. 

Os próprios eleitores laranjas preferem Marcelo Rebelo de Sousa remetendo Luís Filipe Menezes para o último lugar das suas preferências, abaixo de Santana Lopes e de Rui Rio.

Segundo a sondagem, 35,6% dos inquiridos escolheriam Marcelo Rebelo de Sousa para enfrentar o actual primeiro-ministro, ficando Rui Rio em segundo lugar com 18,5% e Luís Filipe Menezes em terceiro com 14,7%, 3,8 pontos abaixo do presidente da Câmara do Porto. Santana Lopes ocupa o último lugar com 11,9%.

No eleitorado do PSD em 2005, Luís Filipe Menezes passa para o último lugar da lista, não conseguindo convencer os eleitores do partido e ficando abaixo dos 13%. Marcelo Rebelo de Sousa, com 35,5% lidera as preferências com Rui Rio muito perto, com 31,6%. Santana Lopes reúne 14,2%, ainda assim acima de Luís Filipe Menezes.

A NOVA IMAGEM DO PSD

Ainda de acordo com a sondagem, a maioria dos portugueses que já viu o novo símbolo do PSD não gostou, com 51,6% dos inquiridos a considerar que o novo símbolo é "pior do que o actual". Já 25,5% diz ser igual à imagem utilizada actualmente e apenas 14,6% considera "melhor do que o actual".

No mesmo sentido vai a opinião do eleitorado do PSD, com 67,5% dos inquiridos a não gostarem do novo símbolo, contra 13,1% que o considerou melhor do que o actual e 13,7% que disse ser igual.

Como costumam dizer os políticos as sondagens valem o que valem, mas a verdade é que todos as utilizam como instrumentos de trabalho político, ora para atirar contra os seus opositores ora para publicitar os próprios méritos.

Seja como for, a avaliar pela sondagem, a vida não está fácil para Luís Filipe Menezes, que tanto utilizou as sondagens para derrubar o anterior líder, Luís Marques Mendes.

Como diria o outro, é a vida!